MacGuffin é uma expressão usada por Alfred Hitchcock para designar os objetos na narrativa que motivam as personagens e impulsionam o desenvolvimento da história, mas que na realidade carece de relevância em si. Tipo o dinheiro.
Se antigamente
um homem teria dito que a guerra nada mais é que a continuação da política por outros meios, hoje podemos perfeitamente dizer que as guerras (externas ou internas, tanto faz) e a política e a arte e todo o resto nada mais são do que continuações da economia, por outros meios.
Expandir e manter mercados foi e é a mola mestra da humanidade — nosso incrível MacGuffin — e trouxe e tráz benefícios estupendos, disso ninguém duvida (por acaso vocês viram
a estátua feita de cocô de panda?). Mas talvez a maior estupidez da economia, ou melhor, de uma parte dos economistas e das pessoas em geral, é ignorar a finitude dos recursos, tendo como único propósito mesquinho crescer, crescer, crescer. Para sempre.
Aqueles que tiverem o trabalho de pensar logo notarão que sustentabilidade é algo racional, prático e desejável — ainda que possa soar absolutamente chato, entediante e todas as demais
tags negativas — portanto a sustentabilidade é naturalmente denunciada como utópica, fantástica e absurda.
Seja como for, recomendo a palestra de Tim Jackson, Dose de realidade para a economia.